PRAÇA JOSÉ DE ALMEIDA ALCÂNTARA (JARDIM DO Ó)


 A praça do Jardim do Ó foi construída em 1962. Nela tem início a principal artéria do centroda cidade, a avenida Cinquentenário. É arborizada e de agradável aspecto, contudo, de maneira geral, geralmente está vazia. Não é muito frequentada pelas pessoas, principalmente porque se localiza numa área onde nascem e morrem ruas que dão acesso aos bairros do São Caetano, Zildolândia, Mangabinha, à rodoviária e ao centro da cidade, com movimentação intensa de carros e ônibus, dificultando a circulação de pedestres. Próximo a esta praça, na área hoje ocupada pelo Centro de Cultura Adonias Filho, funcionava o estádio da Desportiva Itabunense, transferido para o bairro São Caetano onde é hoje o Estádio Municipal. A principal função desta praça é ser um espaço de ajuntamento de pessoas, de concentração de manifestantes, que daí partem para desfilar suas reivindicações sociais, políticas, culturais ao longo da avenida do Cinquentenário. A maior movimentação nesta praça se dá em períodos eleitorais, com as caminhadas de políticos e seus eleitores. É deste local que partem, também, os desfiles cívicos, especialmente nas comemorações do 07 de setembro. Havia, nesta praça, um monumento que representa uma colher. Segundo depoimentos, quando José de Almeida Alcântara se candidatou a prefeito, seu mote de campanha era: “Essa vai ser de colher”, querendo dizer que seria muito fácil ganhar as eleições para prefeito. Esse dito popular se tornou símbolo de sua campanha e vitória. Assim o monumento, representando uma colher, foi colocado nesta praça, onde ele mais teria realizado seus discursos. Em 1994, a praça foi reurbanizada e entregue à população no 84.º aniversário da cidade. O antigo símbolo foi substituído por um designer mais moderno e mais estilizado, de autoria do artista plástico Paulo Cardoso. Ao longo dos anos este monumento sofreu desgastes e avarias devido as intempéries do clima e falta de manutenção. Assim, em função da sua fragilidade, não suportou o trabalho de limpeza e manuseio durante a nova reforma de 2022.


CANTINA TICO TICO

Fundada em 27 de janeiro de 1950, a Cantina Tico Tico pode ser considerada parte do patrimônio histórico de Itabuna. Ela sempre foi localizada no mesmo endereço, na Rua Almirante Tamandaré, próxima ao Jardim do Ó e carrega consigo grandes histórias. Seu fundador, o senhor Raimundo Pereira Borges, ou melhor, o senhor Tico Tico, faleceu no ano de 2011, mas a história da cantina continua guardada na memória dos itabunenses. Com seus pastéis e suco e batidas saborosas, o local atravessa gerações e se mantém como um dos mais tradicionais empreendimentos comerciais da cidade. Mas, o lugar é muito mais do que um estabelecimento onde se vendem lanches e sucos, é um espaço de legítima cultura popular. A clientela fiel, que faz a história do lugar, ao chegar na cantina pode se deliciar com histórias que fazem parte do anedotário grapiúna, como também com fatos históricos de Itabuna, do futebol local, bem como de personalidades que por aqui passaram. Os irmãos Ronaldo Deroaldo e Deroaldo Ronaldo, deram continuidade ao negócio da família, e prezam sempre pela mesma qualidade que o pai fazia questão de preservar. Mesmo com a morte do Sr. Raimundo, ex-jogador, ex-árbitro e dedicado proprietário dono da cantina, sua lembrança será sempre preservada por todos, que sentarem naquele balcão, e tomarem, por exemplo, a famosa batida de gengibre. A cada gole, as histórias daquele lugar, serão sempre revividas e perpetuadas.


RÁDIO DIFUSORA SUL BAHIA

Experimentalmente a Rádio Difusora Sul da Bahia-ZYN-35, entrou em funcionamento no dia 15 de março de 1960 e depois dos ajustes técnicos entrou oficialmente no ar 37 dias depois, numa quinta-feira, 21 de abril de 1960. A Difusora era mais potente que a Rádio Clube. Sua frequência, porém, era mais baixa – 1.370 kc, pouco além do meio da banda de ondas médias. Um ano depois de inaugurada, a potência da emissora seria elevada de 1 KW para 5 KW. Desta forma, passou a ser a mais potente emissora do interior baiano, com seus transmissores e torre irradiante localizada no Bairro da Conceição. Dos seus primeiros anos a RD, como ficou conhecida, revelou e consagrou nomes como os de Lourival Ferreira, Hercílio Nunes, que foi dono e também locutor; Orlando Cardoso; Eurípedes Silva e Romilton Santos (a dupla Martelo e Martelin); Milton Côrtes Rosário; Carlos Spínola; Gonzalez Pereira; Helena Mendes, jornalista e poetisa; Rosito Dutra; José Lima Galo; os já conhecidos e consagrados Titio Brandão, Germano da Silva, Raimundo Galvão, Yedo Nogueira, Geraldo Santos, Alex Kfoury, Gesil Sampaio, Armindo Dias, Adocival Araújo; revelações como Jorge Eduardo, Chiquinho Briglia, Marfisio Cordeiro (mais tarde Juiz de Direito em nossa cidade); dentre muitos outros. A dosagem certa entre fazer valer o interesse político dos seus proprietários e uma boa programação, especialmente ao gosto mais popular, sempre foi a fórmula procurada pela Rádio Difusora. Diferentemente da Rádio Clube, que lhe antecedeu, a Rádio Difusora nasceu e sempre esteve atrelada ao objetivo político. Seu primeiro proprietário, o então empresário e produtor rural Paulo Nunes, pretendeu e conseguiu pavimentar a sua estrada política usando a Rádio Difusora. Aliás, a audiência era também um pré-requisito politico. A programação popular deveria ter momentos agradáveis para a classe média e o povo. Essa era a fórmula ideal. Assim é que os programas de calouros, as caravanas mensais de prêmios de “O Bairro se Diverte”, as transmissões esportivas, os programas de opinião como “Ponta de Lança” e mais tarde o “Falando Francamente”, a defesa dos oprimidos no noticiário policial com programas como o “Da Polícia para o Povo” que Romilton Santos e Ricardino Batista comandaram por muito tempo, formavam a base da programação da emissora. Depois de passar toda a década de 60 e parte dos anos 70 em poder da família Nunes, a Rádio Difusora Sul da Bahia viria ser adquirida por um outro postulante à carreira política, o empresário Francisco Figueiredo Nicácio, que pretendia ser Prefeito e Deputado Estadual e  achou que a Difusora poderia ajuda-lo. De certo modo, emissora lhe deu muitos votos, mas não o suficiente para elegê-lo. Na sua história, de 1960 aos dias de hoje, a Rádio Difusora já ocupou vários endereços. Hoje está localizada na Avenida Cinquentenário, 1429 , nas imediações da praça José de Almeida Alcântara (Jardim do Ó).


CENTRO DE CULTURA ADONIAS FILHO

O Centro de Cultura Adonias Filho foi inaugurado em setembro de 1986 e recebeu o nome em homenagem ao importante escritor, jornalista e crítico sul baiano, membro da Academia Brasileira de Letras com larga contribuição cultural no país. Administrado pela Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (Secult), está sediado na cidade de Itabuna no Território Litoral Sul, localizado na entrada do bairro Zildolândia, nas imediações do Jardim do Ó. Durante muitos anos foi o principal espaço cultural em funcionamento da cidade se destacando como polo regional de serviços artísticos e culturais, tais como: espetáculos locais e nacionais, especialmente de teatro e dança, apresentações artísticas, oficinas e workshops voltados para a comunidade. Apesar do importante papel e contribuição, hoje o prédio do CCAF necessita de reformas estruturais e se encontra fechado para a maioria dos serviços antes ofertados. 


TEMPLO DA IGREJA UNIVERSAL – SEDE REGIONAL

O Templo maior da Universal em Itabuna (Sede Regional) está situado na Avenida Cinquentenário, 1200, em frente à Praça do Jardim do Ó, no Centro da cidade. Sendo uma das principais sedes da Universal na região sul da Bahia. O templo é bastante amplo e imponente, com capacidade para 1800 lugares. Possui estacionamento coberto, ar-condicionado central, banheiros, bebedouros, jardins, salas para as crianças, centrais dos grupos da igreja e auditório para reuniões menores. Possuindo ainda, estúdios para transmissão de rádio e televisão local.